Contaminação de rios por remédios ameaça saúde mundial

A poluição dos rios do mundo por remédios e outros produtos farmacêuticos representa uma “ameaça à saúde ambiental e global”, segundo um novo estudo.

A pesquisa está entre as mais extensas realizadas em escala global.

Rios do Paquistão, Bolívia e Etiópia estavam entre os mais poluídos. Os rios da Islândia, da Noruega e da floresta amazônica se saíram melhor.

O impacto de muitos dos produtos farmacêuticos mais comuns nos rios ainda é desconhecido. Mas já se sabe que anticoncepcionais podem afetar o desenvolvimento e a reprodução dos peixes. Cientistas temem que o aumento da presença de antibióticos nos rios possa limitar sua eficácia como medicamentos.

O estudo coletou amostras de água de mais de mil locais em mais de 100 países. Mais de um quarto dos 258 rios amostrados tinham o que é conhecido como “ingredientes farmacêuticos ativos” presentes em um nível considerado inseguro para organismos aquáticos.

Os dois medicamentos mais frequentemente detectados foram a carbamazepina, usada para tratar a epilepsia e dores nos nervos, e a metformina, usada para tratar diabetes.

Também foram encontradas altas concentrações de compostos ligados a estilo de vida, como cafeína (café), nicotina (cigarros) e paracetamol.

Na África, a artemisinina, que é usada contra malária, também foi encontrada em altas concentrações.

O estudo diz que o aumento da presença de antibióticos nos rios também pode levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes, prejudicando a eficácia dos medicamentos e, em última análise, representando “uma ameaça global ao meio ambiente e à saúde global”.

Os locais mais poluídos estavam em grande parte em países de baixa e média renda e em áreas onde havia despejo de esgoto, má gestão de águas e fabricação de produtos farmacêuticos.

Isso significa dificultar a obtenção de medicamentos como antibióticos e restrições mais rígidas nas doses.

Confira o estudo completo clicando aqui!.

Fonte: BBC News Brasil

12 anos de BFilters: uma jornada épica!

Para quem conhece a BFilters hoje em dia, jamais imaginaria como essa história começou. Não imagina as dificuldades enfrentadas, e todo o esforço feito para chegar onde chegamos, 12 anos depois.

Nossa história se inicia dentro de um cômodo em Santo André – SP. E com muitos sonhos e desejos pela frente, não sabíamos muito bem o quê e como fazer. Mas sabíamos que tínhamos que fazer algo.

Com isso, começamos a vender filtros para tratamento de água pelo Mercado Livre, onde sem mesmo ter estoque, já fazíamos a venda, e só então comprávamos o produto para entregar, com uma margem de lucro ínfima. Nesta época, a BFilters era uma pessoa só: preparava os anúncios, vendia e fazia a entrega de moto, por toda a Grande SP.

Alguns meses depois, o negócio começou a dar certo, e agora tínhamos mais uma pessoa para ajudar. Essa pessoa abriu mão da sua profissão para dar suporte e confiar no que a BFilters estava fazendo. Era um caminho sem volta para o sucesso! O crescimento era visível e o estoque começava a tomar forma.

As vendas iam de vento em popa, começando a atender grandes empresas, e revendedores se interessando por nossos produtos. Então, era a hora de dar um passo à frente: agora tínhamos mais um funcionário!

O GRANDE SALTO

A BFilters deu um grande passo quando decidiu vender uma casa para comprar tudo em mercadoria. Poucos entendiam a visão e o projeto traçado para conquistar nossas metas. Essa grande importação fez a BFilters dar um passo gigantesco em meio às grandes lojas do setor, que nos fez diferenciar e possuir os produtos mais diversificados, com qualidade e preço extremamente competitivo.

MUDANÇA DE CIDADE, MUDANÇA DE VIDA!

Viver na Grande SP é um desafio. Por isso, a BFilters começou a estudar novas cidades para levar nosso negócio além. Procuramos por uma cidade logisticamente perfeita, tranquila, e com grandes oportunidades: Indaiatuba – SP foi a resposta.

Quando decidimos fazer a mudança, os planos eram ter mais tranquilidade de vida, porém, manter o negócio como estava indo. Mas o que aconteceu, foi justamente o que não esperávamos! Os negócios cresceram de forma que não estávamos esperando.

A BFILTERS HOJE

Hoje, a BFilters conta com cerca de 10 funcionários, com uma estrutura maravilhosa. Um prédio grande no principal polo industrial e comercial de Indaiatuba, e um dos principais da região de Campinas. Conseguimos atender o Brasil inteiro com muita velocidade, qualidade e atendimento personalizado. Hoje também temos produtos próprios, como soluções para instrumentos de medição, filtros, sistemas de osmose reversa e muito mais!

Além de também contar com prestação de serviços, que sempre foi um sonho e um desafio, mas agora, é realidade.

Só temos que agradecer a cada um que fez e faz parte da BFilters de alguma forma. Seja colaborador, ex-colaborador, amigo, familiar, cliente, fornecedor e até mesmo nossos concorrentes. Estamos gratos por nosso trajeto até aqui. E ansiosos pelos próximos 12, 15, 20 anos… Quem vai estar conosco nessa jornada?

Não existem dados sobre o descarte irregular de esgotos e efluentes industriais no Brasil

Quais são as maiores indústrias poluidoras que descartam efluentes contaminados?

O cenário de emissões de efluentes no País é turvo. Não temos um atlas completo, no âmbito privado, sobre o quanto empresas, indústrias, condomínios e centros comerciais descartam todos os dias, de forma irregular, milhões de litros dos mais diversos tipos de líquidos que causam impacto extremamente nocivo a rios, lagos, ao solo e aos lençóis freáticos.

Há, sim, alguns estudos que trazem sinais claros sobre pontos relacionados ao problema do saneamento e do acesso à água no país. O Instituto Trata Brasil realiza um trabalho sério e que contribui na definição de políticas públicas e tomadas de decisões sobre, por exemplo, quais os locais mais carentes de investimentos.

Um dado relevante publicado pela ANA – Agência Nacional das Águas – estima que o consumo das indústrias corresponda a 7% do volume de água consumida no Brasil. A grande maioria dos estudos que temos disponíveis tratam de acesso e de disponibilidade hídrica.

Ainda de acordo com o Trata Brasil, em um estudo divulgado esse ano, 35 milhões de pessoas não têm acesso à água potável e cerca de 100 milhões não têm serviço de coleta de esgoto no país. Tendo uma ideia de onde não há acesso à saneamento, têm-se referências sobre os locais mais propensos a ocorrer irregularidades.

Mas os dados parecem ficar sem outras respostas fundamentais.

  • Quais são as maiores indústrias poluidoras que descartam efluentes contaminados?
  • Onde elas estão?
  • Quais os principais setores industriais?
  • Quais são os mais novos e nocivos componentes químicos, misturados à água, que são descartados?
  • Qual a real característica da água captada dos mananciais?
  • Por fim, por que as instituições de fiscalização não coíbem com eficácia este que é um crime ambiental?

São respostas complexas mas que precisam ser buscadas. Sabe-se, por exemplo, que a indústria automotiva é umas das grandes consumidoras, mas as montadoras – todas com padrões globais – investem muito em tratamento de efluentes e reúso de água. O que já não ocorre tanto com as indústrias periféricas do setor, na qual encontramos ainda muitas irregulares.

A indústria têxtil também necessita de muita água em seus processos. Grandes players precisam seguir rígidos padrões internacionais. Mas e os médios e pequenos negócios que utilizam de componentes tóxicos na tinturaria de tecidos? Não temos essa foto!

Onde há abundância de recursos hídricos como na região norte, nos arredores de Manaus (AM) e Belém (PA), e na região sul no estado de Santa Catarina, por exemplo, o reúso de água na indústria é quase inexistente, assim como são poucos os cases de tratamento legal de efluentes.

Há uma triste razão muito clara que explica essa cultura tóxica da gestão de água no Brasil: é mais barato não tratar o efluente e descartá-lo de forma irregular! Lavam as mãos e viram de costas para a natureza e para os valores de ESG, cada vez mais latentes na sociedade atual. E fazem isso pois sabem que correm pouco risco de serem multados ou processados pelas autoridades.

O efluente não tratado quase não deixa rastro, pois acaba se misturando com as águas do corpo receptor onde são lançados. É diferente do resíduo sólido, que é muito mais complicado de escondê-lo.

É preciso que toda a sociedade esteja mobilizada para denunciar quem está irregular, e motivar o cumprimento das leis ambientais.

O Brasil e as empresas de tratamento de águas e efluentes aqui instaladas, tem acesso as mais modernas tecnologias que existem no mundo. Tecnologias de ponta, que são práticas confiáveis e que entregam qualidades muito superiores às requeridas pela legislação nacional, que, vale destacar, é considerada uma das mais restritas e exigentes do mundo.

Um empreendimento que trata seus efluentes e atende as regulamentações não está somente cumprindo sua obrigação legal, ele estará contribuindo com a melhoria dos mananciais, a sustentabilidade e subsistências das gerações futuras.

A pressão social tem que partir não apenas das autoridades, mas de sociedades de classes e de associações setoriais. É urgente o mapeamento do problema para que ele seja combatido de forma coesa e efetiva. De posse de um retrato real sobre os desafios gerados pela emissão de efluentes líquidos, é possível criar campanhas que incentivem quem está irregular a entrar no caminho correto para que não sofram possíveis punições.

Vivemos um momento de crise hídrica que não será temporária, mesmo sendo otimista e imaginando que nos próximos anos os reservatórios irão recuperar parte de seu volume, a certeza é que haverá outros ciclos de escassez. O Novo Marco do Saneamento já começa a impulsionar melhorias e na medida em que os organismos públicos começam a investir pesado para se adequarem às exigências necessárias, o setor privado precisa caminhar junto.

Mas não há tempo para aguardarmos um ajuste natural do mercado. É preciso entender o tamanho do desafio que temos pela frente no que tange o descarte ilegal de efluentes.

Necessitamos de uma transparência límpida como a de águas cristalinas, que coloque no holofote aqueles que estão devolvendo para a natureza um imenso problema. Ignoram, com ingratidão, que foi ela que lhes deu o precioso insumo que garante a subsistência de seus negócios. Mas sempre é tempo de adotarmos a sustentabilidade como filosofia de vida.

Fonte: Rede Jornal Contábil

Autor: Diogo Taranto

 

Tratamento de efluentes gerados pelas indústrias de alimentos e bebidas: desafios para a retomada pós-pandemia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) através do relatório “Panorama Econômico Mundial”, publicado em meados do primeiro semestre, estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro terá um crescimento de 3,7% em 2021, com uma expansão para 2,6% para o ano de 2022.

Outro importante termômetro, o próprio mercado financeiro brasileiro, através das instituições financeiras consultadas pelo Banco Central brasileiro, também projetou uma expansão coerente com os números apresentados pelo FMI, vislumbrando crescimento da economia brasileira de aproximadamente 3,96% ainda para 2021 e números positivos, ainda que moderados para 2022.

A indústria de alimentos e bebidas (a maior do país em valor de produção e a de maior peso na balança comercial) representa cerca de 10,6%* do PIB brasileiro e é a que mais gera empregos formais, informais, movimenta a economia e exporta para cerca de 190 países.

Esses números impressionam e animam, mas também servem de alerta para os empresários do setor que precisam pensar na sustentabilidade e no novo perfil de consumo do brasileiro que buscam por produtos limpos e amigos da natureza. Estes temas ganham cada vez mais notoriedade e fazem parte da discussão estratégica dentro não só das grandes empresas, mas no setor como um todo.

Com a retomada, proporcionalmente aos números do mercado, as indústrias gerarão um maior volume de efluente e a pergunta é: as indústrias estão preparadas para tratar essa demanda de efluentes?

Os resíduos industriais gerados pela produção da indústria alimentícia e de bebidas em sua grande maioria é formado por restos de matéria-prima e não são reaproveitadas em sua totalidade (poluentes, nutrientes, matéria orgânica, etc.). Diante disso é importante ter um sistema de tratamento de efluentes mais eficiente e devidamente dimensionado para atender a demanda biológica do efluente gerado.

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